O objetivo do monitoramento da velocidade dos equipamentos está relacionado à economia de combustível, segurança e qualidade operacional, dependendo do tipo de equipamento monitorado.
O controle de velocidade de caminhões, automóveis e para determinadas atividades de tratores estão diretamente relacionadas à segurança. Já para a operação de colheita mecanizada de cana, a velocidade de operação está diretamente relacionada à qualidade do corte, perdas, limpeza da cana e danos às soqueiras.
Assim, o planejamento dos limites de velocidade estabelecidos para cada tipo de equipamento e atividade é indispensável, a fim de que todas as situações que mereçam controle estejam estabelecidas.
O limite máximo de velocidade pode ser estabelecido inicialmente no Perfil de Equipamento, e posteriormente no cadastramento de Parâmetros Operacionais, conforme mostra a figura a seguir, e por fim no cadastro de local. É possível estabelecer para cada parâmetro operacional, e portanto, potencialmente para atividade que se deseje monitorar, o limite de velocidade de Aviso (Alarme) e pré-aviso (Alerta), e ainda um tempo de filtro. O valor de pré limite faz soar um alerta sonoro no CBA, alertando o operador/motorista que ele está próximo do limite máximo de velocidade estabelecido. Este é apenas um ‘alerta’ e não gera nenhum registro.
Se o valor do limite de velocidade for ultrapassado, e ultrapassado o tempo de filtro, no exemplo de 3 segundos, o CBA irá soar um ‘alarme’ sonoro no CBA e também realizará o registro do evento, contando ocorrências e tempos.
Os relatórios deste painel apresentam as estatísticas de excessos de velocidade que superaram limite de velocidade e tempo de filtro.
Vale lembrar que exclusivamente para o evento de excesso de velocidade, o Guide Fleet segue uma hierarquia de controle. Inicialmente o computador de bordo considera os limites de velocidade estabelecidos para o Perfil de Equipamento. Entratanto, se houver um limite de velocidade estabelecido para a atividade apontada no CBA, esta será a velocidade limite que passa a ser considerada pelo computador de bordo. Por fim, é possível ainda se cadastrar um terceiro parâmetro de velocidade associado à um determinado local. Deste modo, se o CBA identificar que está na área de atuação de um determinado local cadastrado no sistema, os limites de velocidade vão tomar como base os valores estabelecidos para este local.
Os relatórios deste painel, entretanto, não fazem a separação dos excessos de velocidade ocorridos em função destes três diferentes pontos de monitoramento, mas consideram os totais de ocorrências e tempos consolidados diariamente ou por período.
O primeiro relatório do painel, “Excesso de velocidade – consolidado por tipo equipamento” mostra os tempos acumulados em excesso de velocidade e o número de ocorrências para o período selecionado para cada tipo de equipamento. O relatório apresenta também a velocidade máxima alcançada em qualquer evento de excesso de velocidade ocorrido e a ocorrência de maior duração.
Cada vez que o equipamento ultrapassa o limite de velocidade estabelecido é computada uma ocorrência, independentemente do tempo de permanência acima da velocidade limite, e também o tempo total que o equipamento permanece acima da velocidade limite. No exemplo apresentado, os caminhões canavieiros registraram 965 ocorrências totalizando 06:08h, o que corresponde a 22,8 segundos por ocorrência. O relatório mostra ainda que na média os caminhões foram dirigidos aproximadamente 30 minutos neste dia acima das velocidades médias estabelecidas.
Para as colhedoras foram registrados 41.939 ocorrências, totalizando 61:00h de operação acima do limite de velocidade estabelecido, o que corresponde a um tempo médio de 5,2 segundos por ocorrência. Embora no total cada colhedora foi operada por aproximadamente 1:29h acima da velocidade limite, o tempo médio menor por ocorrência indica comportamentos diferentes entre caminhões e colhedoras. No caso das colhedoras, a operação está ocorrendo próxima ao limite da velocidade, o que é desejável, mas imediatamente ao superar este limite o operador tende a reduzir a velocidade. Já no caso dos caminhões, a tendência é que demore-se mais tempo para reduzir a velocidade.
Um comparativo dos excessos de velocidade entre as frentes de trabalho pode também ser encontrado no relatório “Excesso de velocidade – comparativo entre frentes por tipo equipamento”. No exemplo nota-se claramente que as frentes 1 a 3 mostraram maiores tempos de operação acima do limite estabelecido se comparadas às demais frentes.
É importante relembrar que, caso as condições de operação entre as frentes de trabalho sejam muito diferentes, por exemplo cana com alta produtividade e baixa produtividade, é necessário criar-se aplicações diferentes e estabelecer parâmetros operacionais com limites específicos para cada condição, a fim de que cada frente esteja sendo avaliada conforme seus limites estabelecidos.
A partir destes relatórios pode-se acessar vários sub-relatórios que mostram diferentes detalhes, tais como estastísticas por equipamento, por atividade, por operador e até a evolução dos eventos (dia-a-dia) ao longo de um período.
Considerando um período maior, por exemplo, pode-se acompanhar a evolução das ocorrências, dia a dia, conforme ilustram os dados do relatório “Excesso de velocidade – evolução por tipo equipamento”, apresentado a seguir.
Neste relatório pode-se notar que o tempo total em excesso de velocidade mostrou tendência de redução ao longo do tempo (2º gráfico de linhas), e que esta redução esteve"